terça-feira, 13 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Síntese

UMA MUNDIALIZAÇÃO PLURAL (Edgar Morin )
A globalização iniciada em 1990, começou no século XVI com a conquista das Américas e a expansão das potências européias sobre o mundo. De um lado temos predação, escravidão, colonização, dominação; de outro, desenvolvimento e idéias emancipadoras que levaram à descolonização.
O totalitarismo soviético e as economias burocratizadas de estado caem, dando lugar ao avanço democrático e à expansão do liberalismo econômico. A economia mercantil invade todos os setores da nossa vida; a expansão informática alimenta o capitalismo; o mercado mundial dinamiza-se e é dinamizado pelas redes mundiais de comunicação.
Portanto, essa globalização traz uma mundialização tecnoeconômica e uma mundialização humanista e democrática, que é contrariada pelas desigualdades e pela busca dos lucros.
SOCIEDADE – MUNDO?

A globalização instalou a infra-estrutura de uma sociedade – mundo falha. Ainda não existe uma sociedade civil mundial, já que temos um território com telecomunicações, uma economia, uma civilização, uma cultura, uma vanguarda de sociedade civil, mas faltam elementos essenciais à organização, ao direito, à polícia, à biosfera, ao governo, à cidadania. Além da falta de uma consciência de que nós somos cidadãos da Terra.

O CHOQUE DE 11 DE SETEMBRO

Uma ameaça surgiu a partir de 11 de setembro. Os E.U.A. viu-se pela primeira vez fragilizado ao ser atacado em plena América pela Al Qaeda, num ato terrorista pelo qual jamais imaginava, um símbolo americano sendo atacado.
O então presidente George Bush colocou a necessidade de uma “polícia planetária que pode combater os sintomas, mas não a causa”, pois, o terrorismo está em toda parte.

ROMPER COM O DESENVOLVIMENTO

Considera-se “desenvolvimento tecnoeconômico uma locomotiva que arrasta atrás de si um modelo de desenvolvimento humano, completo e bem sucedido dos países renomados”.
Esse modelo ocidental ora tido como superior já que o desenvolvimento “ignora o que não é calculável, a vida, o sofrimento, o amor, a alegria, sua única medida está na produtividade monetária”.
Sendo sugado a arte a vida ou as sabedorias milenares, quando o PIB (Produto Interno Bruto), contabiliza as atividades monetárias positivas desconhece e ignora o subdesenvolvimento moral e físico, tendo como meta o espírito de lucro e a perda da solidariedade, sendo incapaz de reconhecer os problemas globais que são fundamentais, o homem a troco de um desenvolvimento desacerbado tido como positivo em uma determinada ótica, mas, por outro lado gera a desigualdade, a destruição de culturas, e prejudica o planeta pela destruição da biosfera.


POR UMA POLÍTICA DA HUMANIDADE: O OBSTÁCULO


A finalidade da Organização das Nações Unidas deveria ser dar assistência à população mundial com fundos próprios, quer no âmbito da saúde, alimentação e na conscientização do ser humano.
O problema da pobreza não consiste exatamente na “ausência de” e sim no excesso de desvalorização perante a sociedade, deveria haver uma política voltada para a humanidade, para a civilização e para o homem, com o foco em administrar, beneficiar e qualificar a vida do ser humano neste planeta.
A ciência, a tecnologia, a industrialização e o capitalismo não acertaram o compasso, pois esqueceram de agregar ética aos seus ideais, por meio dela poderíamos ter uma governança democrática e não de reformas impostas que é o que acontece atualmente, porque o ser humano ainda não tem maturidade para ter ações conscienciosas, infelizmente só age mediante o caos.
Falta ao homem maturidade para perceber que somos sujeitos interligados e cada um tem sua função no universo, valores como solidariedade, justiça, compreensão, tolerância e aceitação de concepções diferentes são necessários para essa sociedade individualista e egocêntrica, muito preocupada com técnica e produção.